Wednesday, February 23, 2005

Corpo de Mulher , Sabedoria de Mulher

livro


Christiane Northrup é médica ginecologista-obstetra e trabalhou na Dartmouth Medical School e no Tufts New England Medical Center antes de co-fundar o centro de saúde Women to Women em Yarmouth, Maine, que se tornou num modelo para as clinicas de mulheres nos EUA. Foi Presidente da American Holistic Medical Association e é actualmente Professora Assistente de Ginecologia- Obstetricia no college of Medicine da Universidade de Vermont.
Através da sua experiência cliníca, a Drªa Northrup apercebeu-se de como as circunstâncias, emoções e comportamentos negativos se manifestam muitas vezes no nosso corpo sob a forma de doenças e dores. Neste livro, apresenta-nos uma perspectiva holística da saúde das mulheres e analisa de forma exaustiva todas as áreas do corpo feminino, explicando a forma como podem ser afectadas pelo estado emocional e espiritual da mulher, os problemas potenciais que podem originar e os tratamentos possíveis.
Corpo de Mulher, Sabedoria de Mulher demonstra que, quando as mulheres alteram os comportamentos e circustâncias das suas vidas que lhes provocam problemas de saúde, curam-se mais rapidamente, mais completamente e com muito menos necessidade de intervenção médica.
Christiane Northrup fornece-nos também informações vitais sobre as melhores técnicas da medicina ocidental e das terapias alternativas incorporando-as num todo que se complementa.
Texto retirado do livro
Livro com 736 pag.
Preço : cerca de 25 euros

Sunday, February 13, 2005

Educar para o Optimismo

livro


“Falta-nos cada vez mais oxigénio para aguentarmos os nossos mergulhos diários na vida. Escassas são as coisas que nos sabem bem, raramente nos debruçamos sobre o bom e o positivo da vida, pouco partilhamos as vitórias. Essas parecem não chamar hoje a atenção de ninguém, não terem impacte nem venda. Basta repararmos nas mensagens que nos chegam da comunicação social para vermos infinitas razões para desânimo.
Se não andarmos felizes, como poderemos transmitir e ensinar aos outros alegria e vontade de viver? Como conseguiremos acreditar, e levar os outros a acreditar, que o que aí vem, no futuro, será melhor? De que forma passaremos a ideia de que é bom crescer e vale a pena ser adulto?
Por tudo isto nós professores e pais, sentimos interiormente a necessidade de iniciar uma nova era em que se respire positividade e êxito, se construam e se partilhem histórias bem conseguidas, e se criem maneiras de cada um se embrenhar nos pequenos-grandes sucessos de cada dia ao mesmo ritmo compulsivo com que hoje se afunda nas impossibilidades.
Mais do que um destino, o optimismo é uma doce e entusiasmada forma de viagem. Pelo optimismo podemos chegar a uma maior vontade de viver, a uma melhor saúde, e a maior estabilidade emocional. “
– frases retiradas do livro supra -
Tenho este tema muito a peito.
Venho de uma família dita “normalissima” e fui educada como os meus pais souberam fazê-lo. Fizeram um bom trabalho acho eu. Todavia sou de uma geração em que mal se sabia o que era liberdade, quanto mais “psicologia positiva”! Penso que nos faltou – a muitos – uma sincera vontade de transmitir aos filhos o quanto a vida pode ser boa. Simplesmente não nos ensinaram a ser felizes.
Que vale realmente a pena acreditar, ajudar, investir, dar. O fio de prumo da educação de hoje é tão constrangedor! “ Não mexas aí!” “ Está quieto!”. Para além disso as crianças já não correm ou brincam à porta de casa e andam de mão dada bem apertadinha de casa para a escola e da escola para casa. A entrega, o risco, cair e levantar-se de novo, aprender. A televisão – A Televisão!- a competitividade, o stress, um sistema com o qual nós pais nem concordamos, não nos ajudam a transmitir penso eu um conceito positivo da vida. No fundo, o conceito de ser feliz. Apenas a obrigação, a gestão da dor – “não se chora”, “não lhes dês parte fraca”... – a responsabilidade, o cumprimento, as regras.
E o resto ? A nossa parte humana, que é o melhor que temos? O soltar uma gargalhada – hoje quase inconveniente-, a dedicação quando se pergunta a alguém como vai sem ser apenas por hábito, olhar nos olhos os outros, enfrentar os medos, exorcizar os nossos fantasminhas. Correr o risco de ser frontal. Não se render ao sistema. Ser combativo, sem ser conflituoso, com confiança. E sobretudo ser feliz por dentro sem resgatar a felicidade na compra do último telemóvel, no carro de última geração, na casa para mostrar aos amigos e por aí fora. Assusta-me o vazio desta última geração. Sem objectivos. Sem lutas ou princípios por que lutar. Apenas um relativo conforto material.
A deixar alguma coisa ao meu filho, gostaria de lhe deixar isso: o valor de uma qualidade de vida interiormente forte. Uma atitude. Um conceito positivo da vida e dos outros.
Como fazê-lo?
Este livro é um bom contributo. Desde logo porque fala nisso. Não é básico mas é muitíssimo acessível. Não tem receitas mágicas mas pequenos truques e exercícios que nos fazem reflectir e adoptar passo a passo uma atitude diferente. Basta às vezes ao virar costas ao nosso filho na escola, piscarmos o olho e pormos o polegar bem levantado para cima em sinal de “boa sorte”, “força”, “és um valente”!
Kristosha

Wednesday, February 09, 2005

Como explicar a morte a uma criança....

Livro


Gostaria de partilhar convosco este texto. Vem apenso a um pequeno livro da colecção Nathan chamado “ O passarinho do Júlio morreu”. Independentemente das opções que todos tomamos na educação dos nossos filhos, intuitivamente ou conscientemente, penso que nos fará bem. A vida mais tarde ou mais cedo vai surpreender-nos por estes acontecimentos. Amamos os nossos filhos, por isso, vamos dotar-nos de todos os meios para os apoiar, ajudar, a enfrentar a vida e, a morte.
Trata-se de uma tradução livre – muito livre – do texto original, em francês.
Cristina
Edwige Antier- Colecção Nathan – Nº 18 – “ O passarinho do Júlio morreu “ Livrinho dos pais.
Como contar esta história ao seu filho?
Com este livro trata-se menos de falar da morte ao seu filho, do que o seu filho falar consigo do assunto. Então, conhecerá as suas ideias, o que pensa sobre o tema. Falar da morte às crianças, é sempre difícil. Ainda mais nos dias de hoje, em que a morte é escondida de todos. Por exemplo, a morte acontece, já, raramente em casa. É normalmente pela morte de um animal de estimação que os nossos filhos são confrontados com as questões fundamentais sobre o fim da vida. Pensar que se deve calar o sofrimento e angústia, é deixar a criança só perante todas essas questões. Ora, todas as crianças se interessam pela morte. Como percebem o nosso próprio incómodo, preferem não falar sobre o assunto para não nos entristecer. Respondem então eles próprios às questões, de maneira muito mais angustiante do que uma história partilhada.
A partir de que idade podemos falar da morte a uma criança?
Desde os 3 anos as crianças são curiosas sobre assuntos que dizem respeito à vida e à morte. Entre os 3 e os 6 anos, a criança representa mortos nos seus desenhos. Coloca-os num túmulo, deitados, desenha uma cruz ou rabisca fantasmas. E tenta compreender: “ O que acontece depois de morrermos? “
Se brincar ao morto, devemos impedi-lo?
Quando o seu filho corre atrás de si dizendo: “ Eu mato-te, Estás morto (a)!”; quando ele “provoca” a morte do seu irmão ou irmãzinha, que se deita e não se mexe mais... ele acha então normalíssimo levantar-se de repente e estar tudo bem! Da mesma maneira, na televisão, ele acha normal o seu herói morto na véspera aparecer de novo no dia seguinte. Porque até aos 5 anos, a criança pensa que a morte é reversível. Portanto, quando brinca, não acha o nexo de causalidade entre o nosso sofrimento e a carácter definitivo da morte. Você pode perfeitamente deixar a sua criança brincar ao morto, desde que você como pai permaneça na realidade: “Não gosto fazer de morto! Ainda bem que é só um jogo e é a fingir!».
Devemos falar da morte antes que a criança seja confrontada com ela? Será que não corremos o risco de a assustar?
Bem antes da morte de um familiar ou de um animal de estimação, a criança interiorizou a ideia do desaparecimento. Quando ele tem 8 ou 9 meses e que você se afasta do seu campo de visão, enquanto ele está em plena angústia de separação, para ele é como se você tivesse desaparecido definitivamente, como se não voltasse. Ele encara portanto desde cedo a ideia da perda. Mas mais do que falar da morte a uma criança, mais vale ouvir as suas dúvidas. Por exemplo, perante a morte de um passarinho, ficaria surpreendido das questões que ele coloca sobre o animal que perdeu o seu amigo e do qual ele nunca vos falou. Não o assustará desde que o deixe falar e desde que assuma desde logo o grande mistério que reveste o desaparecimento de uma pessoa chegada.
Como aliviar as suas angústias relativamente à morte?
Deve compreender e aceitar que a criança não tem medo da sua própria morte, mas da sua, da dos pais. Porque ele tem medo como uma personagem de conto de ficar só na floresta, de ficar sozinho na vida. Que será dele se os pais morrem? Assim, é antes de mais a sua morte que ele teme. Pode observar-se tal fenómeno nas crianças atingidas por doenças graves: o seu maior sofrimento é o desaparecimento dos pais. Se o pai ou a mãe estiverem junto deles, segurando-lhe a mão, ele não teme a sua morte.
Como reagir perante as várias reacções da criança?
Quando a criança coloca de forma repetida questões sobre a morte, saiba então que ele manifesta inquietação perante a eventual morte dos pais. É por isso que a religião previa a escolha de padrinhos que estariam presentes e capazes de substituir os pais em caso de necessidade. É importante. A criança deve saber que tratarão dela se os pais faltarem. Da mesma forma que você precisa de saber quais as providencias tomadas pelos seu cônjuge se por exemplo viajar com frequência, sem todavia ser pessimista. Da mesma forma, não é porque você explica ao seu filho quem a/o substituirá em caso de... que ele assumirá a sua morte como provável. Pelo contrário, é muitas vezes após a concretização destas dúvidas, que a criança deixa de fazer perguntas e sacia a sua curiosidade: “ Mas claro, eu prefiro ficar com os meus pais e não há nenhuma razão para morrerem ».Em contrapartida, evite as respostas do tipo: Nós não estamos doentes, não somos velhos », pois a criança saberá que se pode morrer de acidente;
Deve explicar-se os diferentes tipos de morte?
Mesmo quando admite directamente perante a criança que uma pessoa próxima morreu é quanto à causa da morte que se instalam os subterfúgios. Quando se trata de um idoso, é em geral simples admitir que morreu de velhice, que estava no fim da sua vida. Mas tratando-se de uma pessoa jovem , é bem mais difícil qualquer tipo de explicação. Quando os motivos médicos da morte são mal explicados às crianças ele pode eventualmente sentir-se culpado da morte de uma pessoa próxima. Se se explicar de forma mais cientifica, tal e qual como explicaram os médicos, a criança compreende melhor e sente-se respeitado pelas explicações que lhe está a dar. Mas a morte mais difícil, é a morte por suicídio ou overdose. A verdade é aí extraordinariamente difícil para os pais, que tendem então a escondê-la. E porém, as consultas com as crianças demonstram que eles adivinham que um drama inaceitável, indizível, paira à volta dessa morte e o silencio acarreta uma culpabilidade terrivelmente pesada para a criança. Dever-se-á tentar ir passo a passo até conseguir esclarecer toda a verdade. Mas claro, com as suas palavras, ao vosso ritmo, quando você próprio se sentir preparado/a, recorrendo se necessário à ajuda de um psicólogo, porque tais dramas requerem antes de mais um apoio dos pais.
Como ajudar a criança a fazer o luto de uma pessoa próxima, de um animal?
A família tende frequentemente a mentir: “ Ele partiu, está de férias, foi para o estrangeiro...» ou para um animal « O passarinho fugiu, , o gato fugiu...». Mas a criança não se deixa enganar e adivinha que lhe mentem: nada é pior que se sentir traído, sobre questões séria e graves, por pessoas tão confiáveis quanto os seus pais. Todas as observações que dizem respeito a lutos acompanhadas de mentiras, mostram que a criança corre o risco de perder posteriormente pontos de referência e desenvolver uma certa tendência para a confabulação que pode eventualmente persistir durante toda a sua vida. Os familiares bem intencionados, mentem à criança com o objectivo de a proteger da dor. Todavia a criança adivinha o que aconteceu, com a inteligência sensitiva própria das crianças pequenas. Mas é-lhe imediatamente interdito de partilhar e confidenciar o seu pesar, pois teoricamente ela não sabe que alguém morreu. Assim, é basicamente dizendo a verdade, que ajudará o seu filho a fazer o luto.
Como anunciar a morte?
Nesta história , a mãe explica de imediato ao Júlio que o passarinho morreu. Ela tem razão em não sustentar inutilmente a esperança. Há todavia que dar tempo à criança de se consciencializar suavemente, mas dentro da pura verdade. E, ter a sua mãe presente num momento tão difícil, é fundamental. Tendemos por vezes a utilizar expressões como “ Ele adormeceu”, “ Ele desapareceu”, que são bem mais angustiantes para as crianças. Será que quer dizer que quando adormece, ou quando você se ausenta, ele pode morrer também ( ou você )?
Que fazer se os próprios pais não conseguem esconder a sua tristeza?
È indispensável partilhar o seu pesar com a criança. Vai assim ajudá-la a libertar-se de emoções e a sentir-se compreendida e acompanhada na sua tristeza. Querer aparecer indiferente e forte seria dar uma ideia incorrecta dos sentimentos que podem sentir os adultos. Em contrapartida, se o desaparecimento de um familiar o deixa prolongadamente submerso numa tristeza crónica, isto é depressão, não deve arrastar a criança nessa espiral, mas sim consultar um psicoterapeuta que o ajudará a ultrapassar a provação.
A criança deve assistir ao enterro?
Antigamente, quando os seres humanos morriam em casa, as crianças participavam no velório. Hoje, 75% das pessoas morre no hospital. O desaparecimento de um familiar para ainda mais misterioso. Temos por vezes a impressão que não fazendo as crianças participar no enterro, vamos protegê-las de coisas tristes. Mas, pelo contrário, todos esses rituais foram organizados pelos humanos para se sentir acompanhados e realizarem a morte do ente querido através da compaixão e dos discursos, acompanhamento ao cemitério e enterro. Até que ponto deve a criança acompanhar a cerimónia? Os pais são as melhores pessoas para ajuizar disso, segundo a idade e a sua própria sensibilidade, quais os momentos da cerimónia partilharão com a criança. Se não fizer a criança participar nas cerimónias, será uma espécie de negação da morte, que permanecerá um mistério impossível de solucionar. È por isto que se sabe, hoje em dia, que a participação da criança o ajudará a melhor fazer o seu luto e compreender o que são os ciclos da vida.

Monday, February 07, 2005

Inspirada por uma sugestão de uma amiga, que me enviou um artigo, resolvi criar outro blog . Este com artigos e opiniões que ache interessantes .